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O efeito das ilhas de calor. Será que podemos diminuir este desagradável fenômeno?

06/01/2020

Este ano parece que o verão chegou mais cedo, pois já podemos sentir o calor e as consequências do efeito estufa em meio a cidade. As temperaturas do ar são elevadas em consequência do aquecimento das superfícies urbanas, sendo realçadas quando o dia está calmo e claro e em áreas mais desenvolvidas, uma vez que os ventos escassos retiram o calor mais vagarosamente do ambiente e os espaços densos possuem mais materiais artificiais retentores de calor.  As ilhas de calor geram inúmeros impactos negativos,  influenciando na saúde da população, da flora e da fauna, desconforto e o consequente aumento da demanda de energia para resfriamento. 

A poluição urbana, a retirada da vegetação nativa, a impermeabilização das superfícies, a queda da velocidade do vento, os materiais absorventes de calor dos edifícios e da infraestrutura urbana, a re-emissão da radiação solar pelos poluentes e o calor antropogênico advindo dos automóveis e dos refrigeradores das edificações, são os grandes responsáveis pelo super aquecimento das cidades em relação as áreas rurais e menos arborizadas. Além disso, durante o dia, parte da energia solar é captada pela superfície terrestre e absorvida, outra parte é irradiada constantemente para a atmosfera provocando um aquecimento. O Efeito Estufa, os gases atmosféricos, especialmente o gás carbônico, funcionam como uma capa protetora que impede a dispersão total desse calor que provém da energia solar para o espaço exterior, evitando o resfriamento da Terra durante a noite.

A ilha de calor causa inúmeras consequências biológicas, econômicas e meteorológicas. A falta de vegetação em áreas urbanas agrava as ilhas de calor, pois a vegetação ajuda a resfriar o ar circundante. Ela é de extrema importância para a melhoria da ambiência devido às funções que executa no meio urbano, apresentando áreas com temperaturas mais amenas, as chamadas ilhas de frescor.  Estudos têm apontado as praças e parques como áreas com temperaturas mais baixas no meio urbano, representando ilhas de frescor nas cidades. Além de inúmeros aspectos positivos das áreas verdes nas cidades, já apresentados em ouras matérias, elas contribuem para produzir espaços mais agradáveis e confortáveis, influenciando de forma positiva na qualidade de vida das pessoas. E aí, que tal plantarmos árvores em nossos terrenos para refrescar a nossa cidade?

 

Maiara Roberta Santos Morsch
Arquiteta e Urbanista, especialista em Sustentabilidade e Eficiência Energética em Edificações, Mestre em Engenharia e Meio Ambiente, Doutoranda em Arquitetura com ênfase em Conforto Ambiental. Já trabalhou com construções eficientes em Nova York nos EUA, trabalhou em obra com selo verde (LEED Gold) em Porto Alegre. Hoje além de atuar na área e prestar consultorias é docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Passo Fundo ministrando disciplinas de Projeto Arquitetônico e de Conforto Ambiental.